O plástico é um material revolucionário que, há décadas, promove evoluções para o desenvolvimento da sociedade. Está presente na construção civil, nos automóveis, nos eletrônicos e na agricultura. Leveza, versatilidade, resistência, acessibilidade e durabilidade são algumas de suas qualidades. A capacidade de ser reciclado também faz dele compatível com o modelo de consumo sustentável.

Em 2018, foram produzidas 6,2 milhões de toneladas de produtos plásticos no Brasil, segundo o IBGE. Desse total, cerca de 65% possuem ciclo de vida médio e longo. Atualmente, o produto é alvo de uma lei que visa proibir sua venda e distribuição no DF.

A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) acredita que a proibição de produtos não é maneira ideal de resolver os problemas causados pela má gestão de resíduos no País. A própria ONU Meio Ambiente sugere que, não havendo avaliações prévias, o banimento pode não ser a melhor solução.

O descarte incorreto é que contribui para a poluição, assim como o consumismo desenfreado, a baixa conscientização ambiental e a ausência de coleta seletiva e de logística reversa. Esses pontos são horizontais não só ao produto plástico, como também aos demais materiais.

A sacola plástica é reciclável e, com a correta destinação para a reciclagem, pode retornar à cadeia produtiva. O desafio para a sociedade, inclusive para o Poder Público, é fazer com que o material chegue à indústria recicladora, assim como tornar o valor desse produto reconhecido e incentivado.

É preciso que haja uma visão sistêmica da questão e estabelecer um diálogo claro sobre consumo consciente e economia circular, como prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Reduzir, reutilizar e reciclar são princípios sustentáveis que incentivamos.

JOSÉ RICARDO RORIZ COELHO, Presidente da ABIPLAST