O presidente da ABIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho, apresentou na última reunião do Conselho um panorama dos movimentos internacionais e nacionais de restrição ao uso do plástico, bem como o que a entidade tem feito para melhorar a imagem do material.

No âmbito do mercado externo ressaltou as iniciativas apoiadas pela Organização das Nações Unidas e as proibições de alguns países, além de citar como as marcas globais têm se posicionado.

Já no que se refere ao cenário nacional, Roriz citou os projetos de lei que estão em tramitação e como o setor tem respondido a essa situação com o desenvolvimento de novos produtos. Além disso, fez uma ampla abordagem sobre as iniciativas da ABIPLAST para a construção de uma agenda positiva da imagem do plástico na sociedade.

Do ponto de vista institucional, vale destacar algumas iniciativas da entidade: a participação na Coalizão Empresarial, responsável pelo Acordo Setorial de Embalagens, a parceria com a Fundação Ellen MacArthur, com a assinatura do compromisso voluntário na Ocean Conference 2017 – com o intuito de evitar que o plástico polua mares e oceanos – , o Movimento Plástico Transforma e uma maior aproximação com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

A reunião também foi muito importante para unir transformadores, recicladores e petroquímica para discutir todos os movimentos de banimento do uso do plástico, pensando em estratégias enquanto Cadeia produtiva.

Durante o encontro, os executivos da DowDuPont, Silvério Giesteria e José Bonventura, enfatizaram a relevância da Economia Circular dentro da companhia e como a indústria petroquímica pode ajudar a cadeia produtiva do plástico com tecnologia e novos produtos.

Outro aspecto apontado foi a importância de comunicar as grandes marcas de que é possível ter um plástico reciclado de qualidade, com alto valor adicionado. Nesse sentido, o vice-presidente da Braskem, Edison Terra, enfatizou que o produtor de resina também está envolvido com a valorização do plástico reciclado e que a empresa tem investido para a melhoria da qualidade do material, reduzindo o seu odor, por exemplo.

Terra abordou ainda que é fundamental que produtores de resina e transformadores tenham uma agenda conjunta de atuação e que o plástico adote uma postura de protagonista na 2ª fase do Acordo Setorial, além de ampliar a comunicação com o público em geral.

Com o intuito de incluir os brand owners nessa discussão e de analisar os gargalos referentes à logística reversa da Cadeia, não somente a necessidade de educar os consumidores sobre o descarte, a ABIPLAST está organizando uma ação para maio desse ano.