Em seminário de competitividade, Roriz critica impostos e convida empresários a “pensarem fora da caixa”

    29/09/2015

    “O futuro perfil da transformação brasileira de plástico” foi o tema do Seminário Competitividade, realizado em conjunto por Abiplast e Plásticos em Revista, no Hotel Meliá Paulista, dia 24 de setembro.

    A empresária Beatriz Helman, da Editora Definição, que publica a Plásticos em Revista, declarou, na abertura do encontro: “Traçar as rotas para sair da crise é o motivo pelo qual estamos aqui hoje”.

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    O presidente da Abiplast e do Sindiplast, José Ricardo Roriz Coelho, fez a apresentação intitulada “Eixos e Desafios em Competitividade”, na qual expôs uma série de dados do setor: o custo de mão de obra aumentou muito mais do que a produtividade do trabalhador industrial; a alta do dólar, se por um lado favorece as exportações, por outro encarece demais as matérias-primas cotadas pela moeda americana, acarretando risco de ruptura da malha produtiva; mais impostos, energia mais cara e juros muito altos, que elevam o custo do capital de giro (e, consequentemente, o custo da produção) são fatores para os quais os empresários precisam estar muito atentos.

    “Neste cenário, em que o Governo não corta as próprias despesas e tenta elevar impostos com o propósito de se financiar, o mercado financeiro tende a ser muito mais atrativo do que a indústria. As políticas atuais desmotivam o investidor a colocar dinheiro no setor produtivo”, resumiu Roriz, lembrando que nossa atual carga tributária é de 35,4% — uma das mais altas do mundo.

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    Segundo Roriz, mais do que nunca, é preciso “pensar fora da caixa”. E acrescentou: “Qualquer aumento de preço desorganiza a cadeia produtiva. Hoje, o Brasil não tem investimentos na produção de matéria-prima. Falta concorrência, e esta é essencial para o surgimento de produtos mais eficientes. Não temos oferta, embora exista demanda”, observou.

    Até 2017/2018, o presidente da Abiplast estima que os custos de produção tenderão a subir mais do que as receitas. Lidar com os novos desafios exigirá, entre outros esforços, que seja feito um direcionamento estratégico da cadeia e que haja uma agenda comum do plástico, com visão de futuro e foco nos negócios.

    “Dentro das empresas, serão fundamentais a inovação em produtos e processos, a atenção à governança e compliance, o aumento da produtividade de mão de obra por meio de capacitação e adoção de programas de qualidade total, uma logística de distribuição otimizada e outras providências focadas em melhor gestão dos recursos”, exemplificou Roriz.

     

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