17/07/2018
Com a proposta de criar uma agenda de relacionamento entre os empreendedores e as instituições financeiras, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) promoveu no dia 21 de junho uma reunião com startups, jovens empreendedores, representantes do Banco do Brasil e das micro e pequena empresas, bem como a ABIPLAST, ABIMAQ e ABIT. O encontro foi coordenado pelo diretor do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria, Sylvio Gomide.
Na ocasião, o Gerente da Micro e Pequena Empresa, Economia e Competitividade da FIESP, Renato Corona, apresentou uma sondagem sobre o acesso à crédito do Banco do Brasil. Os resultados apontam que as linhas de financiamento para capital de giro e pagamento de dívidas são bastante significativas (84% da demanda da indústria) e que os altos custos de crédito e a burocracia estão entre os principais fatores para que as empresas desistam da contratação de crédito.
A FIESP colocou a possibilidade de parceria entre as startups apoiadas pela entidade para a criação de canais digitais que agilizem a análise e acesso a crédito para micro e pequenas empresas, a exemplo do “Canal Desenvolvedor do BNDES” e da Linha de Crédito Digital da Desenvolve-SP.
Além disso, sugeriu que sejam utilizadas informações do Rating do Sacado para avaliação de títulos de créditos lastrado por duplicatas, pois muitos clientes são grandes empresas – com risco baixo de não pagamento – e tal lastro poderia ser utilizado para reduzir o risco de crédito. O representante do Banco do Brasil levantou a possibilidade de criar operações de giro tendo como garantia esses recebíveis, o que implicaria num custo menor do que uma linha que utilizasse imóvel como garantia.
Outro ponto debatido foi o endividamento da indústria. Segundo dados do CEMEC/FIPE, as empresas de forma geral estão alavancadas e com despesa financeira muitas vezes superior a capacidade de geração de caixa, por isso é fundamental a renegociação de dívidas de forma ágil e eficiente. A solução apresentada pelo banco é a BB Giro Reperfilado, uma linha que usa inteligência artificial para analisar a situação da empresa e apontar quais os melhores recursos disponíveis para estabilizar-se financeiramente.
Também será avaliada a possibilidade de um evento específico com o time de especialistas da FIESP para que as empresas possam expor sua situação e analisar as condições de negociação de dívidas.
A ABIPLAST e o SINDIPLAST participam ativamente desse trabalho com o objetivo de disponibilizar aos seus associados melhores formas de acesso a crédito. Desde anos anteriores, as Entidades têm se aproximado dos principais agentes de financiamento, como BNDES e Desenvolve SP, a fim de expor as dificuldades das empresas do setor a linhas de crédito e possíveis soluções para melhorar o acesso a crédito para a indústria de transformados plásticos.