PRODUÇÃO DE EMBALAGENS COM PCR: FEIPLASTIC TRAZ CASE DE INOVAÇÃO DA UNILEVER

    24/04/2019

    Várias são as iniciativas da Unilever para reduzir o impacto ambiental de suas atividades. Uma delas é a produção de PCR (resina pós-consumo) para o polietileno. “É a primeira vez que damos um destino premium para esse polietileno, resolvendo suas questões de qualidade para incorporá-lo a embalagens de cosméticos ou de limpeza”, explicou Zita Krammer, gerente de Desenvolvimento de Embalagens da companhia, durante o painel “Jornada PCR” na arena INOVA PLASTIC, nesta terça-feira (23). O espaço integra a FEIPLASTIC – Feira Internacional do Plástico, que acontece no Expo Center Norte, em São Paulo, e apresentará diversos cases de inovação ao longo da semana.

    O projeto, pioneiro no Brasil, utiliza as embalagens plásticas descartadas pelos consumidores para transformá-las em resinas, que depois serão reintroduzidas (entre 30% e 70%) na produção de novas embalagens. Com isso, mais de 3.500 toneladas de plástico são retiradas do meio ambiente. “Até 2025, 100% das nossas embalagens precisam ser de plásticos recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis; e 25% do volume total de resina comprada precisa ser pós-consumo”, afirmou a gerente.

    Dentre os desafios para se chegar a esse resultado final, embalagens com PCR, Krammer apontou: alcançar a qualidade da resina, que precisa ser inodora para não interferir no perfume dos produtos envasados; resolver, por meio da lavagem, o problema dos pontos pretos causados pelos rótulos grudados na resina; manter o preço do PCR igual ou inferior ao da resina virgem; contornar a escassez de PCRs, criando demanda para o material; e manter a identidade de cores das embalagens.

    Hoje, o grande desafio não está mais na tecnologia, mas na construção de soluções em comum, em conjunto. “Como indústria, estamos incorporando essa resina nas nossas embalagens. Não é uma edição limitada. Ela entra como matéria-prima, em um processo contínuo – e estamos criando valor para esse plástico. Como consumidores, precisamos ainda desenvolver o hábito da separação [de resíduos] e agora isso se faz muito necessário. Já o governo tem um papel muito importante – e trabalhamos em duas frentes junto com a ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) – para o aumento da coleta seletiva e para a redução de impostos”, detalhou Krammer, referindo-se por último ao trabalho realizado pela Rede de Cooperação para o Plástico, uma iniciativa motivada pela ABIPLAST.

    A gerente da Unilever também apresentou na palestra o Plano Global de Sustentabilidade da empresa, lançado em 2010. Desde então, mudanças efetivas estão sendo feitas na cadeia de valor da companhia. As três grandes metas do plano são melhorar a saúde e o bem-estar de mais de 1 bilhão de pessoas; reduzir o impacto ambiental à metade; e melhorar as condições de vida de milhões de pessoas.

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