25/04/2019
O CEO da Deink Brasil, Diogo Bueno, apresentou o case da empresa nesta quarta-feira (24), no INOVA PLASTIC, da FEIPLASTIC 2019. A companhia, que trouxe uma inovação para tirar a tinta de resíduos plásticos impressos, tem sua tecnologia patenteada em 21 países. Após o processo de retirada de tinta, os materiais são transformados em matérias-primas “cristal”, livres de impressão e prontas para serem reprocessadas pela indústria de transformação, criando um produto de alto valor agregado, promovendo a economia circular em milhares de produtos.
“A sociedade não pode mais tratar resíduo plástico como lixo. Tem que ser, na verdade, visto como uma matéria-prima para aquelas empresas que desejam fomentar a economia circular”, afirmou Bueno. Com a tecnologia de remover a tinta dos materiais, será possível aumentar o potencial da reciclagem como negócio. “Um mercado abundante de matéria-prima, que hoje é descartado, passa a ser extremamente relevante”, disse.
Fundada em 2016, a startup está finalizando a construção de sua planta em Itupeva, no interior de São Paulo, e deve iniciar as operações no final deste ano com capacidade para recuperar e tirar a tinta de aproximadamente 4.000 toneladas de resíduos por ano.
Desenvolvido com a utilização de produtos químicos em solução aquosa, o processo de remoção de tintas foi desenvolvido pela CADEL, empresa espanhola, a partir de um sistema de “circuito fechado” , para a recuperação da água circulante no processo industrial, sem usar qualquer tipo de solvente ou de produto químico capaz de prejudicar o meio ambiente.
A Deink, empresa nacional, possui também expertise no desenvolvimento de sistemas de tratamento de água, permitindo um processo econômica e ambientalmente viável. “Conseguimos reaproveitar toda a água no processo de ‘destintamento’ dos materiais plásticos”, disse Bueno.