REDE DE COOPERAÇÃO PARA O PLÁSTICO INTEGRA PAINEL DE SUSTENTABILIDADE NA FEIPLASTIC 2019

    25/04/2019

    Criada em abril de 2018 para unir todos os elos da cadeia produtiva do plástico, a Rede de Cooperação para o Plástico foi apresentada ao público do INOVA PLASTIC nesta quarta-feira (24), durante a FEIPLASTIC 2019. O painel, cujo tema principal foi sustentabilidade, teve a participação de Gustavo Alvarez, presidente da America Tampas e coordenador do eixo de design da REDE, e Bruno Igel, presidente da Wise e coordenador do eixo de logística e infraestrutura da REDE.

    Além dos representantes da REDE, participaram do debate Linda de Oliveira, coordenadora de comunicação e marketing da Sinctronics, empresa que coleta e transforma produtos do setor de eletroeletrônicos, e Renato Paquet, CEO da Polen, startup que desenvolveu uma plataforma digital de compra e venda de resíduos.

    Gustavo Alvarez contou como se formou a REDE e enalteceu a grandeza da iniciativa, que completou um ano em 2019. Segundo ele, é a primeira vez que se consegue reunir todos os elos da cadeia produtiva do plástico para fazer uma defesa do material e encontrar soluções para evitar o seu descarte incorreto.

    “Hoje em dia existem muitas ações ocorrendo, mas nenhuma até agora conseguiu enxergar o todo. A REDE vem para ter uma visão 360° da questão. O plástico não pode ser visto como vilão, mas sim como solução”, explicou. Ser efetivamente sustentável, continuou Alvarez, é olhar tanto para o lado social como para o econômico. “Se não for dessa forma, a conta não fecha”.

    Bruno Igel também apresentou dados e experiências da REDE sob a perspectiva do campo em que atua: a reciclagem. “Reciclar é o pior trabalho logístico do mundo. Você tem que tirar da casa das pessoas o que elas não querem, separar e limpar todos os materiais e dar o fim adequado para cada uma deles”, brincou.

    A importância de a cadeia estar alinhada e discutir os processos em conjunto é muito benéfica para incentivar cada vez mais a reciclagem. E a participação das grandes indústrias de bens de consumo é fundamental. “O reciclado só vai ganhar escala quando o consumidor não notar que o produto é feito com esse material. Precisamos colocá-lo no mercado sem mudar a experiência de compra das pessoas e as empresas têm que estar dispostas a mudar sua cultura para aumentar a demanda por reciclado”.

    Linda de Oliveira trouxe cases vividos pela Sinctronics, empresa que desenvolveu infraestrutura e tecnologia para coletar e transformar eletroeletrônicos em matéria-prima e peças para novos produtos. Para a companhia, a política reversa foi o primeiro desafio. “A indústria não foi construída para uma estrutura circular. Desde a Revolução Industrial operamos de uma forma linear. Então desenvolvemos um programa para fazer a logística reversa no valor da logística linear”, disse. Segundo ela, com a tecnologia desenvolvida pela empresa, a Sinctronics consegue fazer o processo de logística reversa 30% mais barato do que os outros players do mercado.

    A Polen, plataforma online que conecta compradores e vendedores de todos os tipos de resíduos, foi apresentada pelo seu presidente, Renato Paquet. “Nosso principal objetivo é tornar mais fácil a absorção da economia circular”, explicou. Segundo Paquet, há falta de matéria-prima, como o PET, no mercado de reciclagem, o que é um contrassenso. “Foi pensando nessa realidade que nasceu a Polen, para conectar os ciclos produtivos das indústrias. Pegamos os resíduos pós-indústria que as empresas geram e fazemos a conexão com os recicladores. Transformamos os resíduos em receita para as indústrias”.

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