15/08/2016
A indústria de transformados plásticos fechou o primeiro semestre com uma retração de 13,5% em seu faturamento, em comparação com o mesmo período de 2015.
A receita foi de R$ 32,7 bilhões, segundo a ABIPLAST, que reúne empresas do setor.
O resultado é uma melhora em relação ao primeiro trimestre, em que a queda registrada havia sido de 16%.
Apesar da evolução, a avaliação do setor segue negativa, diz o presidente da associação, José Ricardo Roriz Coelho. “Os empresários estão mais otimistas, mas a confiança por si só não adianta.”
No segundo semestre -tradicionalmente mais movimentado para as indústrias compradoras de plásticos- o setor deverá mostrar uma recuperação maior, afirma.
“Crescem os pedidos de segmentos importantes como o automotivo, e as empresas se preparam para o Natal.”
A projeção da entidade é fechar 2016 com queda anual de 9,7% no faturamento.
Na Europac, de embalagens plásticas, houve aumento na demanda, diz o diretor Paul Reister. O volume de vendas da empresa ficou estável no primeiro semestre, e a expectativa é uma alta de 15% na segunda metade do ano.
“O volume de pedidos caiu, mas, com a concorrência debilitada, compensamos com novos clientes.”
A valorização do real, porém, tem preocupado o setor.
“Perdemos a competitividade que havíamos ganhado”, avalia Roriz. Os importados representam cerca de 10% do consumo interno, mas, ocupam os nichos de maior valor agregado da indústria.