11/08/2016
Arcos Olímpicos feitos de plástico reciclado ( Foto: Rio 2016/Daniel Ramalho)
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Cada vez mais, fica provado que o desempenho dos atletas não depende apenas dos treinamentos, alimentação e da força de vontade dos esportistas, mas também dos equipamentos, uniformes e outros aparatos utilizados no dia-a-dia, que dão subsídios para a alta performance. De nada adianta se esforçar se o material escolhido não tiver qualidade e fornecer a flexibilidade adequada, propiciando um bom rendimento. Nesse sentido, por serem mais leves, maleáveis, duradouros e modernos, os tecidos que contêm plástico em sua composição podem ajudar.
O plástico é um material que se destaca porque possibilita a criação de peças e objetos completamente inovadores. Está presente em diversos segmentos, desde produtos básicos, como escovas de dente, brinquedos, bijuterias, peças para eletroeletrônicos e utensílios de cozinha, até na infraestrutura de construções civis, indústria automotiva, moveleira e têxtil.
Algumas marcas que produzem vestimentas para atletas estão investindo no segmento, apostando na estética, tecnologia e inovação. Os atletas que querem permanecer “secos” ao longo dos exercícios precisam de vestimentas confortáveis, que ajudem na transpiração do corpo. Diferentes dos tecidos de algodão que absorvem umidade, tornando-se pesados e desconfortáveis, os de fibras sintéticas (plástico), não são absorventes.
Nos tecidos de fibra, a umidade da transpiração é dispersada a partir do interior da peça de vestuário, que, por sua vez, é atraída para o lado de fora, evaporando-se ao entrar em contato com o ar.
Em diversas modalidades esportivas presentes nos Jogos Olímpicos de 2016, como o futebol, natação, tênis e outros, já é possível observar o uso de tecidos com compostos plásticos.
No futebol, essas inovações “entraram em campo” em 2010. Além de reproduzirem a evolução tecnológica, os uniformes dos jogadores são feitos com poliéster oriundo de embalagens plásticas recicladas. Uma grande marca que patrocina um time francês e o time do Brasil utilizam camisas feitas com esse poliéster reciclado, que garante melhor desempenho e baixo impacto ambiental. Cada uniforme usa ao menos 18 garrafas recicladas, e já foram usadas mais de dois bilhões de garrafas plásticas, que teriam sido descartadas em aterros sanitários.
O plástico também está presente na natação. As sungas e maiôs com plástico em suas composições melhoram o desempenho dos atletas. Além disso, a maioria dos equipamentos, como os óculos, tem o plástico como matéria-prima base. Isso garante leveza, vedação e resistência, essenciais ao bom desempenho dos esportistas. Outra novidade que cabe nesse setor é o conceito de sustentabilidade. De acordo com a matéria da BBC, 30% do material usado nas medalhas de prata e bronze da Rio 2016 é reciclado. Sendo que, metade do plástico utilizado para fazer as fitas das medalhas são de garrafas recicladas.
Em algumas modalidades, o plástico apresenta enormes ganhos. Um exemplo são as raquetes utilizadas pelos tenistas de quadra. Resistentes e feitas com material plástico, elas possibilitam uma absorção de impacto e redução de vibração. No ciclismo e triatlo, os capacetes de plástico são mais leves e seguros. Na modalidade de salto com varas, os competidores já dispõem de varas feitas com fibra de vidro ou de carbono, utilizando um veículo polimérico que dá sustentação às fibras, garantindo leveza, flexibilidade e resistência na medida adequada.
Um evento com as dimensões da Olimpíada do Rio de Janeiro necessita de soluções práticas, inovadoras, tecnológicas e sustentáveis. Nesse sentido, o plástico tem participação especial, tanto para melhorar o desempenho dos atletas, como também na construção dos espaços, como a vila olímpica, arenas e toda infraestrutura do maior evento esportivo do mundo.