17/07/2015
O plástico pode ajudar a salvar sorrisos. Afinal, próteses dentárias custam caro, mas uma solução altamente tecnológica pode vir, em médio prazo, a viabilizar sua produção diretamente nos consultórios odontológicos.
A esperança reside nas impressoras 3D, que fabricam itens a partir de camadas sobrepostas de resina plástica. Vendidas a 300 dólares nos Estados Unidos, e a mais ou menos 5 mil reais no Brasil, elas permitem projetar as próteses com os softwares Computer Aided Design (Projeto Assistido por Computador) e Computer Aided Manufacturing (Fabricação Assistida por Computador) – respectivamente, CAD e CAM.
Uma tomografia do paciente é o ponto de partida para fazer um molde virtual da boca, e outros softwares tornam possível simular a cirurgia, aumentando a chance de sucesso do procedimento.
Mais que necessário
Baratear o custo e simplificar o acesso da população brasileira às próteses é mais do que necessário. Dados de 2014 do Conselho Federal de Odontologia revelam que 20% dos brasileiros não vão ao dentista por falta de dinheiro, e quase 70% não sabem que podem cuidar da saúde bucal gratuitamente, via SUS. Para piorar, 30% não concluem seus tratamentos na rede pública simplesmente porque não conseguem agendar consultas.
O resultado é que as pessoas perdem os dentes naturais e, se quiserem recorrer às próteses, terão de estar dispostas a desembolsar um bom dinheiro – se num futuro próximo houver uma resposta mais simples e barata para o problema, será muito melhor para o Brasil.