29/05/2015
Uma cápsula de plástico resistente que pesa 900 gramas é a esperança de vida para milhões de pessoas que esperam anos a fio por um transplante de coração – e que, não raras vezes, precisam lidar com os riscos de rejeição subsequentes à cirurgia. O “coração de plástico”, uma das maiores inovações em toda a História da Medicina, trabalha como um coração humano sadio, com seus dois ventrículos e reprodução perfeita dos batimentos.
Imagem retirada do vídeo “Entenda como funciona o coração artificial de plástico”, da TV UOL.
Para implantá-lo, o cirurgião “corta” o coração doente na altura dos ventrículos para garantir o fluxo de sangue para os órgãos. Uma interface biocompatível é suturada nos ventrículos. A prótese, com duas cavidades ventriculares e quatro válvulas, é conectada a essa interface. As cavidades são divididas em duas partes, cada uma separada por uma biomembrana dupla face.
O inglês Matthew Green recebeu seu “coração de plástico” em 2011 e permanece vivo até hoje. Desde este primeiro transplante bem sucedido, mais de 950 pessoas já receberam seus “novos corações de plástico” em diferentes países.
Vale lembrar que a prótese coronária é um exemplo impressionante de tecnologia médica baseada no uso de material plástico, mas não o único. A tecnologia das impressoras 3D poderá permitir que, muito em breve, sejam produzidas em curto espaço de tempo toda uma variedade de prótese. Vale lembrar que, das seringas às bolsas de sangue e invólucros de comprimido, são inúmeros os objetos confeccionados em plástico que permitem reduzir sofrimentos e salvar vidas.
Aviação e tecnologia
Cuidados com o Meio Ambiente, eficiência e redução de custos são preocupações constantes da indústria plástica
Além da saúde, também no campo da tecnologia em transporte o material plástico é sinônimo de eficácia. Está presente, por exemplo, no Airbus A380, moderníssima e maior aeronave de passageiros do mundo.
O uso dessa matéria-prima se traduz em custo menor de produção e em menos peso para a aeronave, com a consequente redução no consumo de combustível. Trata-se, portanto, de uma solução excelente tanto do ponto de vista econômico quanto na perspectiva ambiental.
Na última Feira Internacional do Plástico (Feiplastic), que aconteceu em São Paulo no início de maio, as 70 mil pessoas que passaram pelo evento puderam conferir novidades em isolamento acústico (com espumas plásticas mais eficientes), máquinas para a fabricação de tecidos de polipropileno e outras soluções derivadas da aplicação de tecnologia de ponta combinada à atenção ao meio ambiente, ao conforto humano, à economia de energia e à busca por menores custos de produção.