15/09/2014
As empresas gaúchas Lorenzon Plásticos e Dreno Master recebem nesta segunda-feira (15) o Selo Nacional de Plásticos Reciclados – Senaplas, concedido pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), comprovando a qualidade de seus produtos reciclados de acordo com os critérios socioambientais e econômicos exigidos pela Lei.
O Senaplas será entregue às empresas durante o Energiplast – Fórum Brasileiro de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos com ênfase em Plástico, que será realizado no Centro de Eventos da Fiergs. Com estas, serão três as empresas gaúchas certificadas pelo Senaplas. A primeira delas foi a Plastiweber Embalagens Sustentáveis.
“O selo incentiva e valoriza a formalização dos recicladores, demonstrando que há empresas e produtos adequados e de qualidade no segmento, fortalecendo a cadeia que reúne, atualmente, mais de 800 produtoras regularizadas”, explica o coordenador da Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos da Abiplast, Ricardo Hajaj.
Segundo Hajaj, a certificação diferencia a empresa da competição desleal, destacando aquelas que atendem aos requisitos legais. Dessa forma, os compradores ganham segurança jurídica, respaldando-se em relação à responsabilidade compartilhada que integra a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e comercial, garantindo a origem e a qualidade do produto.
São elegíveis ao Selo as produtoras de matéria-prima reciclada, que comercializam resinas recuperadas e produtos transformados pelos recicladores. As empresas precisam estar legalmente constituídas (CNPJ e contrato social) e com toda a documentação e licenças em ordem. O processo de verificação será realizado pelos sindicatos estaduais e a certificação oferecida pela Abiplast, com vigência de 24 meses.
Perspectivas do setor:
A indústria de reciclagem de material plástico reúne 1.029 empresas, que faturam R$ 2,5 bilhões por ano e empregam 22.000 funcionários. A capacidade instalada é de 1 milhão de toneladas.
O índice de reciclagem mecânica (conversão dos descartes plásticos em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos) no Brasil é de 22%, o que coloca o país na décima colocação do ranking mundial.
Atualmente, o potencial econômico desperdiçado devido ao não tratamento dos resíduos plásticos é de R$ 5,08 bilhões. Com a correta destinação, o ganho ambiental na reciclagem de plástico seria de R$ 56 por tonelada e de 78% com a redução de emissões e consumo de energia frente ao material virgem.
Cerca de 41% dos plásticos reciclados são utilizados no segmento de bens de consumo semi e não duráveis (utilidades domésticas, têxtil, brinquedos, descartáveis, limpeza doméstica, calçados, acessórios, material escolar e de escritório). O restante é distribuído entre os segmentos industrial (15%), agropecuária (15%), construção civil e infraestrutura (16%) e bens de consumo duráveis (7% – automobilístico, eletroeletrônico e móveis).