Petroquímicas aderem ao compromisso de perda zero de pellets

    26/02/2019

    Operation Clean Sweep visa evitar que grânulos de resina cheguem aos mares

    A cadeia produtiva do plástico tem empreendido diversas ações no sentido de evitar que o material vá parar em mares e oceanos. Uma das maneiras de atuar na prevenção do problema é melhorar as operações de manuseio de pellets (grânulos de resina plástica) – desde sua fabricação nas petroquímicas, passando pelo transporte, até sua utilização em empresas transformadoras e recicladoras. Criada pela atual Plastics Industry Association e pela American Chemistry Council (ACC), a Operation Clean Sweep (OCS) é um programa de gestão ambiental que auxilia, há 25 anos, empresas nesse desafio.

    Um dos quatro representantes do programa na América do Sul, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), é responsável por promover a iniciativa no Brasil. Por meio da entidade, duas petroquímicas já aderiram ao compromisso: a Braskem uniu-se à OSC neste mês de fevereiro, enquanto o RadiciGroup fez sua adesão em julho de 2018. Vale reforçar, portanto, que a adesão ao programa não é exclusiva a associados da ABIPLAST.

    “O setor precisa se empenhar no aperfeiçoamento de sua atuação e blindar, de todas as maneiras possíveis, seus processos para que grânulos não se percam pelo caminho da cadeia produtiva. O compromisso com a Operation Clean Sweep pode ser o primeiro esforço nessa direção”, destaca José Ricardo Roriz Coelho, presidente da ABIPLAST.

    As empresas petroquímicas, transformadoras e recicladoras interessadas em aderir ao programa devem entrar em contato com a ABIPLAST, por meio do e-mail [email protected], para receber mais orientações.

    MANUAL PERDA ZERO
    Após firmar compromisso com a Operation Clean Sweep, a ABIPLAST trabalhou na tradução para o português do “Manual de Manuseio de Grânulos”. Já em 2017, como integrante do Fórum Setorial dos Plásticos – Por Um Mar Limpo, a entidade participou da elaboração do “Manual Perda Zero de Pellets”, desenvolvido pela parceria entre o Instituto Oceanográfico da USP e a Plastivida – Instituto Socioambiental dos Plásticos. O documento dá um passo além na promoção nacional do programa, adaptando a primeira publicação para a realidade brasileira, com uma análise dos prejuízos ecológicos e financeiros com a dispersão de pellets no meio ambiente.

    “A próxima etapa do trabalho da ABIPLAST é criar uma metodologia de implementação de processos para a perda zero de grânulos plásticos. Com um plano formatado, nos aproximaremos mais da atuação da OCS, que hoje presta consultorias para empresas e realiza auditorias para verificar a adequação ao programa”, explica Roriz Coelho.

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