SEMINÁRIO COMPETITIVIDADE DISCUTE DESAFIOS DA CADEIA PETROQUÍMICA E DA ECONOMIA CIRCULAR 4.0

    06/10/2022

    Sustentabilidade e inovações tecnológicas para reciclagem são destaque do evento promovido pela ABIPLAST e Plásticos em Revista

    Diante de uma plateia de aproximadamente 200 pessoas, entre especialistas, colaboradores, dirigentes e profissionais de players da cadeia produtiva do plástico no Brasil e no exterior, o presidente da ABIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho abriu em 13 de setembro, em São Paulo, a 12ª edição do Seminário Competitividade – Os Atalhos para o Plástico se Recriar e Continuar a Criar, evento promovido pela ABIPLAST e SINDIPLAST-SP em parceria com a Plásticos em Revista.

    Roriz enfatizou a importância de discutir as novas tecnologias e as novas matrizes energéticas para fortalecer o ambiente de negócios, a indústria e a economia circular 4.0. Segundo o presidente da ABIPLAST, o atual cenário de retração econômica global e a questão do fornecimento de energia – reflexo da situação de guerra que enfrentamos hoje – acabam por impactar mercados, consumidores, inflação e, da mesma forma, a indústria petroquímica. “Vemos que alguns mercados estão voltando a utilizar matrizes energéticas mais poluentes devido ao cenário de dificuldades, ao passo que existe a preocupação com a agenda da sustentabilidade, economia circular e ESG”, declarou. Roriz também afirmou que o uso de tecnologias é essencial para solucionar os desafios impostos para a cadeia produtiva. “É o caso do projeto em que a ABIPLAST e a ABDI estão trabalhando tecnologias de rastreamento, em que já podemos constatar cases de sucesso com embalagens plásticas, obedecendo todos os processos e etapas da economia circular”, mencionou.

    Tradicional no setor, o encontro anual expõe temas relevantes à indústria de transformados e aos recicladores. Nesta edição, o principal objetivo foi contextualizar o cenário macroeconômico após dois anos de pandemia e identificar os fatores que afetam o mercado da cadeia petroquímica. Também foram abordadas novas tecnologias, inovações e tendências que serão apresentadas em outubro durante a Feira K, em Düsseldorf, na Alemanha, com foco na sustentabilidade.
    Em participação online, o vice-presidente de Olefinas & Poliolefinas da Braskem na América do Sul, Edison Terra, abordou os problemas e soluções à vista referentes à coleta de lixo e saneamento básico, descarte inadequado de resíduos recicláveis, e a necessidade de repensar conceitos inerentes ao uso de materiais plásticos, com o propósito de evitar medidas extremas que ocasionalmente partem de alguns gestores, como o banimento do uso do plástico.

    O vice-presidente da cadeia PET, EO/EG, PTA, Polyester Fiber Chemical Data da ICIS (Independent Chemical & Energy Market Intelligence), Antulio Borneo, falou sobre o cenário do mercado petroquímico internacional trazendo dados macroeconômicos da pandemia, da alta global da inflação e os efeitos da guerra na Ucrânia. Segundo ele, neste contexto, o alto fluxo de caixa para a Rússia, a redução da produção de petróleo e a baixa atividade industrial na China vão gerar problemas no futuro. Um deles, o racionamento de energia na União Europeia no próximo inverno, é praticamente certo. Ao mesmo tempo, na China, já se verifica queda na demanda de plásticos e resinas há três meses. Borneo salientou o risco de um conflito entre a OTAN e a Rússia em razão da disparada de preços da energia na UE. “Estamos na fase do jogo de xadrez”, assinalou.

    Em debate conduzido pelo editor da Plásticos em Revista, Hélio Helman, o diretor de Pesquisa e Análise, EO Global & Derivados da Chemical Markets Analytics, Roberto Ribeiro, destacou a dificuldade energética vivida pela União Europeia, especialmente na Alemanha e a crise de demanda da China. Para produzir fora da Europa, o custo é alto, há riscos de investimento na cadeia petroquímica e as taxas de reciclagem são baixas, de acordo com Ribeiro. O executivo lembrou que o governo norte-americano destinou US$ 390 milhões em subsídios para combater as mudanças climáticas e se fazer presente nas economias verde e circular 4.0. “A questão logística é crucial, é um grande gargalo na busca dos grandes players pela reciclagem química”, afirmou.

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